HÁ EFE CÊEE, HÁ EFE CÊ, HÁ EFE CÊEEE!
Os nossos brilhantes atletas demonstraram mais uma vez a sua categoria e trouxeram mais uma retumbante vitória para as nossas vitrinas.
Foi passeando classe, espírito de sacrifício, união e entreajuda que os melhores alunos da Escola Secundária Dr Solano Abreu, do CEF-AFC, venceram o torneio de andebol hoje realizado. Defrontaram 3 equipas e a todas venceu, sem contestação. Não me lembro dos resultados porque já tenho o disco demasiado cheio para conseguir registar isso. Mas sei que ganhámos por bués a zero e que os golos foram marcados por jogadores. Os adversários que me perdoem, mas como não os conhecia também não os fixei na minha memória. Eram uns gajos e umas brunas que foram completamente atropelados pelos nossos campeões.
O jogo da final foi memorável e, usando algo que os professores apreciam ver - a inteligência e o espírito de equipa - conseguiram vencer uma equipa com melhores equipamentos, melhor imprensa, melhor porte físico, árbitros a favor (Lucílio Batista e Pedro Proença). E porque os heróis merecem que se fale neles, aqui vai a classificação individual dada pelo grande Doutor Horroris Causa, Jozé Marinho, contratado por nós para o efeito.

Paulo - Homem dos 7 ofícios: foi guarda-redes e rouba-pão da boca, defesa e avançado, centrava e ainda ia cabecear, roupeiro, aguadeiro, fez os trabalhos de Gestão, telefonou para a mãe, cortou erva para os coelhos, marcou golos e tapou os buracos causados pelos malucos dos colegas de equipa. Ah, também se notou que se preocupava sempre que alguém se aproximava da Beta (lol).
NOTA: 5 notas de 100 dólares e 500 euros de SMS na Vodafone

Cristina - Perita no jogo subterrâneo, conseguia utilizar a sua pequena estatura juntando-lhe inteligência e argúcia. Eles iam com a bola, cabeçudos a olhar para o chão, e ela aparecia: tcharan! E os cabeçudos paravam, começavam a babar-se e, a Cristina ou outro qualquer, davam-lhe uma lambada na bola, puxavam-lhe os calções para baixo e diziam-lhe "fecha a boca, moinante".
NOTA: Mi

Patrícia: Apesar de só ter jogado uns bocadinhos no 1º e no 2º jogo porque tinha estado a arranjar as unhas e ainda lhe faltavam comer 23 quadradinhos de chocolate, revelou-se decisiva no jogo da final: pelo menos 4 grandes, enormes, defesas a remates dos vaidosos da outra equipa. Pela primeira vez desde que a conheço não a vi a ralhar com ninguém, mas via-se que os adversários suspeitavam que se lhe marcassem algum golo, depois do jogo ela chamaria os seguranças do Pinto da Costa para lhes dar uma trepa.
NOTA: 5 estrelas

Sandra: Tentou distraír os adversários com o seu sorriso e aquela forma vaporosa de andar que ela tem. Quando os gajos apareciam todos doidos a ver se conseguiam rematar à baliza a Sandra dizia-lhes: "- Olha, tenho aqui uma farpa espetada no dedo. Ajudas-me a tirá-la? Please? Em que turma é que andas? Gostas mais de uvas ou de cerejas? Também vês os morangos? Sabes que estou a pensar ir para as Maldivas?"
Enquanto conversavam o jogo ia decorrendo com um adversário hipnotizado pela Sandra. Ela corria pouco mas dizia ao adversário (geralmente o melhor jogador): "-Vá, fica aqui comigo, sossegadinho. Não me vais deixar aqui sozinha, seu cascabulho!"
Agora a sério, defendeu e lutou como os outros, passou a bola sempre certinha e não desatinou com ninguém. Se tivesse o telemóvel com ela tinha-se divertido ainda mais.
NOTA: Satisfaz Complenamente

Beta: Guarda-redes, defesa, arrumadora, enfermeira, psicóloga, jornalista e pica-miolos. Uma espécie de Paulo no feminino, e foi a menina com melhor e mais forte remate de todas as que jogaram. Ou seja, vê-se que é mulher de pulso. Não me deu um autógrafo, o que em deixou triste. Quando havia moshes a Beta aparecia lá, e os gajos saltavam todos com medo que ela lhes desse com a vassoura nas trombas. Corajosa, trabalhadora, assumindo decisões, foi a Beta do costume.
NOTA: Máxima

Vanessa: No intervalo entre o primeiro e o segundo jogo, desertinha por ir fumar um cigarro (faz parte do programa de preparação dos atletas para os jogos olímpios da Bobadela 2020) e pentear-se no telemóvel, fez-me uma data de queixinhas: "- Os gajos são rapazes, por isso não têm nada que me fintar!" Claro que ela tinha toda a razão do lado dela, por isso cada vez que algum daqueles ignorantes tentava fazê-la de parva e fintá-la como se fosse um matraquilho, a Vanessa fazia uma roleta e virava-os ao contrário: do pé ao pescoço, era tudo canela. Ela ia à luta com os dentes tão cerrados que até lhes conseguia arrancar os pêlos só com a respiração. Ganda joga que ela fez, a trabalhar no que dá mais trabalho: defender.
NOTA: Muito alta, como ela gosta

Marcelo D2: O truque do Marcelo é sempre o mesmo: leva a almofada, estende-se, bate uma soneca, e quando alguém grita o nome dele, o gajo levanta-se, agarra na bola e marca golo. Regressa à sua almofada e volta a dormir como se nunca tivesse acordado. Agora a sério, vendo o Marcelo a jogar da forma como o fez fiquei com várias certezas: o rapaz é inteligente e sabe gerir o tempo e o stress para tomar decisões acertadas, não tem medo de trabalhar e tem imaginação. Foi dos que mais correu e trabalhou, mas se comer e descansar mais e melhor poderá melhorar muito o seu nível físico.
NOTA: Espectáculo, man!

Rife Ricardo Espírito Santo Pacheco Pereira: O Ninja da equipa, teve um problema com um dos árbitros que tinha ciúmes dele. Acho que era por causa dos óculos fashion do Ricardo: o rapaz árbitro não gostou de ouvir uma bruna a dizer que "- aqueles óculos ficam bem ao moço!" Vai daí, pôs-se a implicar com o Ricardo e a mandá-lo para a rua (mais duas participações disciplinares), a enchê-lo de nervos e tal. O Rife, que é um rapaz calmo e nada abrasado (por isso é que ele treina PimPamPum ou lá o que é), foi dando sempre a outra face, pondo sempre a equipa em primeiro lugar, respeitando sempre o árbitro, rindo-se para ele e perguntando-lhe se não queria ir tomar um cházinho depois do jogo. Quem o conhece, sabe que era assim que ele reagiria se estivesse num dia normal. Mas hoje não, o Rife estava nervoso porque sabia que estavam olheiros a observá-lo para ver se ele podia ir para guarda-costas do Obama. Por isso, foi expulso algumas 38 vezes no 1º jogo, ficou de fora no 2º jogo para tratar duns assuntos nos seus 3 telemóveis (passado 5 minutos de ele ter pegado nos telefones, houve um alarme de incêndio na escola, rebentaram 2 bombas no Iraque, os juros desceram outra vez e o pavilhão foi invadido por uma brigada de ninjas que penduraram o tal árbitro na tabela de basquete todo untadinho com alcatrão e penas.
Parte séria: este gajito joga bués, bom tempo de salto, garra, velocidade, razoável técnica. Pena amuar tanto. A energia que o faz ferver e revoltar-se, se ele aprender a canalizá-la para aquilo que é adequado no momento, poderá ser uma excelente ferramenta para o ajudar na sua vida.
NOTA:5 estrelas

João P.: Sofre de dupla, tripla personalidade, e os adversários nunca perceberam se deviam marcar o João ou o P. Como é bom, tem um bocado a tendência em jogar para ele próprio, uma espécie de Cristiano Ronaldo da turma. Mas compensa esse egoísmo com a capacidade de motivar e unir a equipa. Por outro lado, os adversários deixam-no marcar alguns golos só para poderem ver as diversas formas como ele os comemora (o João tirou um curso profissional de comemorações de vitórias e golos, e sabe pelo menos 357 maneiras diferentes de o fazer). Tal como o Cristiano Ronaldo, também sabe usar a cabeça para jogar à bola, embora confundindo uma e outra por vezes. Só assim se justifica ter sido expulso umas quantas vezes e ainda tentou dar uma umbigada no tal árbitro manhoso. Claro que aproveitou para distribuir cartões pelas garinas que estavam a ver o jogo e sacar-lhes os números do telemóvel, e pareceu-me vê-lo a fazer um bocadinho de beicinho a ver se alguma querida lhe ia amaciar a pele dos cotovelos.
Grande jogo, apesar de se pedir mais trabalho e menos conversa.
NOTA: Burburés de aurrin

Claro que a equipa não estaria completa sem as duas massagistas, cheerleaders, assistentes de relações públicas, cabeleireiras e responsáveis pela maquilhagem e guarda-roupa da equipa: a Joana e a Cláudia estiveram ali sempre ao pé de mim a ver se eu me portava bem, a cortarem na casaca dos gajos das outras equipas, a fazerem contrabando de chocolate com a Patrícia e a roer as unhas por causa dos jogos estarem a demorar tanto tempo.
Obrigado pela companhia, ninas. Nota 20, né cara?

Ganda vitória caroço!