Estereótipos = Generalizações excessivamente simplificadas e socialmente partilhadas

(Estereótipo, é uma imagem mental muito simplificada de alguma categoria de pessoas, instituições ou acontecimentos que é partilhada, nas suas características essenciais por um grande número de pessoas (Castro, 1999); dito de outra forma é um “chavão”, uma opinião feita, uma fórmula banal desprovida de qualquer originalidade, ou seja é uma “generalização” e simplificação de crenças acerca de um grupo de pessoas ou de objectos, podendo ser de natureza positiva ou negativa.)


São uma fonte de informação e formação de expectativas

Estereótipo na velhice => valorização social negativa da velhice/generalização social

Levam a...

Juízos/conotações negativas partilhados e/ ou atribuídos por:
• Os próprios idosos
• Pessoas de outras gerações
• Profissionais/cuidadores

Os mais velhos acreditam que a sociedade acha que são:
- (46,5%) doentes
- (46%) inactivos
- (45,5%) um incómodo
- (42%) tristes

MITO 1
A VELHICE COMEÇA AOS 65 ANOS
FACTO
A VELHICE NÃO COMEÇA NUMA IDADE CRONOLÓGICA UNIFORME, MAS SIM
VARIÁVEL E INDIVIDUALIZADA

MITO 2
O REFORMADO PASSOU A UMA FASE DE NÃO PRODUTIVIDADE
FACTO
A NÃO PRODUTIVIDADE PODE INTERPRETAR-SE DE DIVERSAS FORMAS, DEPENDENDO DAS CIRCUNSTÂNCIAS DE CADA INDIVÍDUO


MITO 3
PROGRESSIVO AFASTAMENTO DOS INTERESSES DA VIDA
FACTO
MUITAS PESSOAS NÃO SÓ CONTINUAM INTERESSADAS NOS DIVERSOS PLANOS SOCIAIS E FAMILIARES, COMO TAMBÉM É NESTA ETAPA QUE
PARTICIPAM AINDA MAIS


MITO 4
OS MAIS VELHOS ACHAM-SE MUITO LIMITADOS NAS SUAS APTIDÕES
FACTO
OS MAIS VELHOS TÊM MUITAS FACULDADES VITAIS

MITO 5
OS MAIS VELHOS SÃO INFLEXÍVEIS E INCAPAZES DE MUDAR E ADAPTAR-SE A NOVAS SITUAÇÕES
FACTO
MUITOS NÃO SÓ SÃO CAPAZES DE ADAPTAR-SE CONTINUAMENTE A NOVAS SITUAÇÕES, MAS ENSINAM-NOS ATRAVÉS DO SEU EXEMPLO


MITO 6
O ENVELHECIMENTO VEM ACOMPANHADO DA PERDA DE MEMÓRIA
FACTO
A PERDA DE MEMÓRIA PODE EXISTIR EM QUALQUER IDADE

MITO 7
O ENVELHECIMENTO É UMA ETAPA TOTALMENTE NEGATIVA
FACTO
O ENVELHECIMENTO É UMA ETAPA VITAL PECULIAR

MITO 8
O MAIS VELHO É CONSERVADOR E DEFENSOR DA TRADIÇÃO
FACTO
CADA PESSOA REFLECTE A ESSÊNCIA DA SUA PERSONALIDADE Á MEDIDA QUE CUMPRE OS SEUS ANOS

MITO 9
ENVELHECER IMPLICA TER QUE RENUNCIAR Á SEXUALIDADE
FACTO
COM A IDADE NÃO DESAPARECE A SEXUALIDADE


O mito é “uma construção do espírito que não se baseia na realidade” e por isso constitui uma representação simbólica. Pode ser também um conjunto de expressões feitas ou eufemismos, que mantemos relativamente aos idosos, por exemplo: “ela tem um ar jovem para a idade”, “idade de ouro”, etc…


Numa análise mais profunda percebemos que os mitos escondem muitas vezes uma certa hostilidade e quando utilizados em excesso, impedem o estabelecimento de contactos verdadeiros com os idosos. O que importa realçar neste estudo acerca dos “mitos” e dos “estereótipos” é o facto de estes estarem muitas vezes ligados ao desconhecimento do processo de envelhecimento, e poderem influenciar a forma como os indivíduos interagem com a pessoa idosa.

Por outro lado são causa de enorme perturbação nos idosos, uma vez que negam o seu processo de crescimento e os impedem de reconhecer as suas potencialidades, de procurar soluções precisas para os seus problemas e de encontrar medidas adequadas.



Ideias-chave a reter
• A velhice é uma parte do período vital com valores e gratificações próprias
• Não há fórmulas milagrosas nem remédios para a eterna juventude
• Chegar a esta etapa da vida pode ser interpretado como voltar a começar, a realizar projectos que noutra etapa da vida não se chegaram a concretizar
• A atitude que adoptamos ao olhar para esta etapa marcará a forma como a viveremos e a desfrutaremos